BDSM, um acrônimo que significa: B – bondage (todas as formas de restrição), D – disciplina e dominação, S – sadismo ou submissão e M –masoquismo. Suas práticas são consideradas até hoje como parafilia, ou distúrbio psíquico, por não serem bem aceitas no âmbito social. Não questionando os aspectos contraditórios dessa classificação, por considerarmos ultrapassada e inaceitável, listamos nessa matéria alguns dos mitos e questionamentos comuns, a fim de esclarecermos o que são na realidade, confira:
O BDSM é a moda do momento
O BDSM ganhou impulso pela primeira vez na década de 1940, com a popularização de garotas pin-up e revistas fetichistas, bem como o nascimento da subcultura do couro na comunidade gay após a Segunda Guerra Mundial.
O BDSM é definido por atos sádicos e masoquistas:
Há uma distinção entre BDSM, sadismo sexual e masoquismo, que envolvem sofrimento físico ou psicológico real ao parceiro ou a si mesmo, respectivamente. BDSM, por outro lado, envolve apenas o role-playing de tais atos, com uma grande preocupação com a segurança e a prevenção de danos.
No BDSM o parceiro dominante é quem está no controle:
Em uma sessão de BDSM, geralmente há um parceiro dominante e um submisso. Embora o dominador seja sempre quem comande, o submisso também tem importância na relação D/s, sendo quem serve e adora seu Senhor.
Numa sessão de BDSM os parceiros sempre são dominantes ou submissos:
Nem sempre, é relativo, muitos na comunidade fetichista se identificam como, sendo um “switcher”, o que significa que eles estão abertos para assumir o papel dominante ou submisso, dependendo do seu humor, preferência do parceiro ou até do momento.
Uma pessoa que é dominante ou submissa na vida real, preferirá sempre um papel similar no BDSM:
Não há como contar o número homens que se identificam, socialmente, como machos Alfas em seus relacionamentos, mas que gostam de ser encoleirados, dominados e espancados em ambientes mais reservados. As pessoas que são dominantes na vida real, podem assumir um papel de submisso no quarto e vice-versa.
BDSM é sobre chicotes e correntes:
Como o sexo baunilha – ou “não pervertido” -, as preferências individuais variam, do uso de lenços, vendas, podolatria, adoração, a atividades mais extremas, como brincadeiras de agulha (que envolvem perfurar o corpo com agulhas hipodérmicas), eletroestimulação erótica (que é exatamente o que parece), e spanking (que é o espancamento do submisso) etc.
O BDSM é espontâneo e violento:
O consentimento mútuo, a confiança e a negociação são características do BDSM seguro e sadio. É importante que antes da primeira sessão, o dominador e o submisso, discutam e acordem limites pessoais, quaisquer condições de saúde que eles possam ter, e principalmente, combinem a palavra de segurança, para garantir que uma “sessão”seja segura. Qualquer uso de controle ou penalidades estará dentro do contexto da fantasia, desde que seja São, Seguro e Consensual – SSC.
Uma sessão de BDSM sempre envolve alguma forma de contato sexual:
Não é necessário nem obrigatório o sexo com ou sem penetração numa sessão de BDSM, mas, se houver consentimento, não há problemas em levar o prazer ao nível máximo. O orgasmo durante uma sessão, nem sempre é necessário. O submisso em alguns casos, pode ser proibido pelo dominador a ficar excitado, sendo mantido em castidade.
A comunidade praticante do BDSM existe apenas por conta do sexo:
Como qualquer comunidade, os praticantes de BDSM também gostam de embarcar em atividades não sexuais. No Brasil a comunidade fetichista dese encontra em bares, na rua ou em eventos amplamente divulgados, esses encontros são abertos à todos. Alguns fetichistas também realizam workshops de práticas para ensinar e informar (como “amarrar cordas para iniciantes”) para ajudar a educar os outros na comunidade. No Brasil, Bob Lee promoveu em Novembro/2018 um workshop de chicoteamento em São Paulo.
O BDSM envolve o uso de ferramentas sofisticadas e equipamentos caros:
Os impressionantes set-ups vistos em vídeo de pornografia BDSM profissional não são representativos do que a maioria dos praticantes de BDSM possuem. De fato, muitos adquirem seus itens essenciais em lojas especializadas ou em locais como depósitos, supermercados ou em papelarias.
As pessoas que participam do BDSM são psicologicamente desajustadas:
Não é verdade, inclusive eles demonstram pontuar mais que os baunilhas em várias características psicológicas positivas, principalmente por serem norteados pelo bem-estar subjetivo e entenderem a importância do consentimento e da segurança para uma sessão e, se houver, sexo saudável e prazeroso.
Ficou alguma dúvida ou quer sugerir um tema? Erramos? Envie e-mail para portalblubr@gmail.com.
Agradecimentos:
Ao Leather Luiz Fernando de Belo Horizonte/MG e ao dominador Mestre Brenno Furrier de Recife/PE, por suas contribuições nas revisões.
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