A troca saudável de poder e os comportamentos inadequados numa relação D/s no BDSM

As razões pelas quais as pessoas têm uma vida dedicada ao BDSM são inúmeras, os motivos são capazes de estabelecer conexões mais profundas com outros seres humanos e consigo mesmas.

Para muitos, a aceitação e acolhimento da comunidade fetichista, pode fazer bem à eles, quando talvez não se sintam encaixados nas comunidades convencionais. Alguns praticantes podem dizer que a vida BDSM parece natural, como se eles fossem inerentemente atraídos a serem dominadores ou submissos, ou dominadores e submisso de alma.

Para pessoas que cresceram em culturas que negativizam o sexo, reprovam o relacionamento entre duas pessoas do mesmo sexo, o BDSM pode ajudá-las a ter uma experiência mais positiva e livre de bloqueios que há si mesmas. No BDSM, os participantes precisam estabelecer seus limites, criar confiança, ter segurança e depois aproveite e usufruir dos prazeres da dominação e submissão. No BDSM as relações D/s precisam de cuidados a fim de impedir que abusos ocorram.

Há casos onde há  a necessidade de falar formalmente o que um pode ou não pode fazer, em raros casos, não é necessário pelos limites e percepções que um capta no outro, isso também pela leitura de características e comportamentos, nesse ponto, é preciso que haja sensibilidade de ambos. Não respeitar e “acatar” decisões pode ser um tanto quanto desconfortável, sem o respeito não há mais motivos para seguir com uma relação D/s. 

Nenhum submisso pode ser obrigado a fazer algo prejudicial à sua vida social, profissional, tampouco ser “desconstruído” pelo dominador por não aceitar se submeter a algo.

É necessário que hajam limites e cautela para que nenhuma das partes se prejudiquem. Um submisso precisa exercer o controle de sua vida cotidiana. Um dominador precisa tocar sua vida e cuidar de si. Existe “vida fora do BDSM e dos fetiches”, há amigos, família, relacionamentos afetuosos (namoro ou casamento), vida profissional e muitas outras responsabilidades no “comum”.

No relacionamento D/s, tanto o submisso quanto dominador precisam estar em sintonia. Um submisso não deve “passar por cima” de bons comportamentos adequados à ele. Quando um dominador tem posições, padrões de comportamento distinto e estilos de vida louvável, o submisso precisa acompanhar e copiar o que há de melhor, do contrário, é indiscutível que haverá peso e desconfortos, que não são objetivos do BDSM. Do contrário, já imaginou um dominador cheio de maus hábitos, comportamentos inadequados e um submisso do mesmo jeito?

É importante que nenhuma da partes interfira na privacidade (que deve ser inviolável) do outro.

Nunca se esqueça que: gostar de cuidar das necessidades do dominador, tentar impressiona-lo e gerar orgulho, vai muito além de ter um status “ah eu sou sub do Mestre “tal”. Aos dominadores, quem se submete à vocês, antes de submissos, são seres humanos, com gostos, características e particularidades únicas, com sentimentos. Se não houver cuidado e respeito, não há motivos para continuar o que não deveria ter começado. 

Viva feliz, curta seus fetiches, mas seja verdadeiro consigo mesmo.

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